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TORMENTAS E CALMARIAS

    Vamos construir um barco, não precisa ser grande mas é preciso ser resistente. Ao colocarmos o nosso barco em alto mar sabemos que não teremos maré mansa, navegaremos em águas rasas e calmas, mas também em águas profundas com fortes correntezas.

    Nosso barco precisa de forças nos remos e fé no destino, sem esses dois quesitos naufragar será uma questão de tempo, porque o que não falta nesse mar, são as tormentas e as calmarias, elas são o equilíbrio que precisamos para chegarmos ao nosso ancoradouro. Nesse mar da vida as vezes temos a impressão que tudo está calmo e ficará assim por muito tempo. 
Mas a aparência com os outros mares é bem próxima e quando menos esperamos uma grande onda se levanta e nos obriga a lutar contra ela para não beijarmos a areia, e quando ela passa e quebra na praia nos deliciamos com as espumas brancas que ela deixou.
    Remar é preciso, e remar com fé, porque só assim poderemos sobreviver as tormentas, quando elas passarem respiraremos com tranquilidade. Vamos imaginar que estamos trabalhando fora do nosso estado de origem e esse trabalho é uma oportunidade de afirmação pessoal e profissional, mas as regras do joga mudaram e agora teremos de concorrer com outras pessoas em um grande desafio.  Não é apenas mais um, é um que talvez possa definir a nossa estabilidade, acontece que já esperávamos que a qualquer momento fosse testada a nossa resistência.
    Mas temos um importante detalhe que nos favorece, quando tínhamos colocado nosso barco nas águas sabíamos que encontraríamos as dificuldades e entramos nele fortalecidos pela força e pela a esperança, sabíamos as tormentas viriam, mas elas também iriam passar, deixando as águas mansas para que a tranquilidade nos aliviasse.
    As tormentas passarão, mas se elas não existissem, não saberíamos a força que temos para velejar, superar as correntezas e chegar ao nosso destino. Ah, como é gratificante poder abrir os braços e sentir o frio da brisa tocar nosso corpo, os respingos das marés molhar nossa roupas, mas podermos gritar, consegui, e esse grito só acontece porque soubemos preparar nosso barco

Antônio Lopes Bezerra.

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